terça-feira, 9 de agosto de 2011

QUANDO AINDA SONHAVA

Vão longe os vinte anos, idade das ilusões, dos sonhos, da poesia ...
Sonhava a dormir, sonhava acordada e gostava de transmitir no papel esses sonhos.
Hoje, ao manejar uns livros que se encontravam há longos anos arrumados, encontrei alguns poemas, escritos nessa época e que sempre guardei para mim.
Pela primeira vez vou partilhá-los. Talvez por sentir quão longinquos estão esses vinte anos.
Espero que gostem tanto quanto eu gostei de os escrever. Para não ser fastidioso irei reproduzir aqui um de cada vez.

A VIDA

A vida é palavra cheia
De encanto e rara beleza;
É fogo que a nós se ateia,
É perfume e natureza

É como àgua da fonte
Que corre pela colina
É como o verde monte
Onde a papoila é rainha

É tudo e não é nada
É fumo que se desvanece,
É tristeza e alegria
É coisa que não se esquece

É também desolação
Lágrimas feitas de dor
É mágoa de coração
D'onde fugiu o amor

Se todos pensassem bem
Que a vida é natureza,
Todos teriam também
Mais liberdade e riqueza

2 comentários:

  1. Ena, finalmente da para comentar Avozinha :)
    Muito bonito, agora queremos mais!

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  2. Muito bonito. Eu sabia que escrevias bem mas nao sabia que eras uma jovem poeta.
    Parabens e beijinhos.

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