quinta-feira, 24 de maio de 2012

JÁ TEM TRÊS MESES!!!


É verdade o meu netinho faz hoje três meses. Para comemorar este terceiro mês de vida, decidi dedicar-lhe um pequenino poema. 
Há mais de quarenta anos que não tinha vontade de escrever, o que fazia com frequência quando jovem.
Nada melhor que o aparecimento de um ser adorável como o meu Vicente, numa fase da vida em que temos todo o tempo disponível, para a inspiração voltar.
Isto é para ti Vicente.

Tu é o sol,
És a luz
Qu'aquece meu coração
És um doce...
És um bombom....
És como mel no pão.
És o neto qu'eu sonhei
Em dias de solidão.
És vida!
És alegria!!
És a continuação.

Da avó Gabriela com muito amor e carinho, para mais tarde recordar.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O REGRESSO

Puxa! Estava a ver que nunca mais tinha vontade de escrever neste blog. Primeiro foi a ansiedade pelo nascimento do meu neto, absorvendo o tempo na azafama de confeccionar casaquinhos, mantinhas, botinhas, etc. Depois veio o Natal. Época de família. Rever os que me são tão queridos e tão longe estão. Ver como é que o meu neto estava dentro da barriga da minha nora e fazer projectos para a sua chegada.
Finalmente chegou o dia a 24 de Fevereiro de 2012 e o extâse foi tão grande que nunca mais pensei noutra coisa que não fosse naquele ser que nasceu e que nos está a cativar a todos, cada vez mais de dia para dia.
Tive o prazer de estar três semanas com ele. Dias de encantar que espero poder repetir.
Ele é lindo. E não há mais nada a dizer. É lindo, lindo, lindo.  




Ora vejam lá se não é verdade. Apresento-vos o Vicente, é assim que se chama, com 2 meses.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

RECORDAR É VIVER

Mais um poema dos meus vinte anos, para aqueles que apreciam e compreendem quão importante é para mim, depois destas décadas, sentir que alguém achou interessante esta minha faceta.
Obrigada pelo vosso apoio e amor.

LUZ DO CÉU

O Sol é luz do Céu
Que sobre a terra s'inclina
Como uma benção de Deus
Todo o mundo ilumina

Aos ricos bronzeia os corpos
Aos pobres fornece a luz
Sem nunca esquecer os mortos
A quem vai beijar a cruz

Nasce logo pela manhã
Beija as àguas das fontes
Corre, corre p'las colinas
Sobe montes e mais montes

E nesse caminhar constante
de quem vive a lutar
Anda, sempre, sempre, sempre
Até encontrar o mar

Lá além, muito além
Existe um berço, o poente
Então sorrindo p'ra alguém
Caminha mui lentamente

É escuro. Nasceu a noite;
O Sol deixou de raiar
Mas, amanhã de manhã
Ele voltará a brilhar.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

QUANDO AINDA SONHAVA

Vão longe os vinte anos, idade das ilusões, dos sonhos, da poesia ...
Sonhava a dormir, sonhava acordada e gostava de transmitir no papel esses sonhos.
Hoje, ao manejar uns livros que se encontravam há longos anos arrumados, encontrei alguns poemas, escritos nessa época e que sempre guardei para mim.
Pela primeira vez vou partilhá-los. Talvez por sentir quão longinquos estão esses vinte anos.
Espero que gostem tanto quanto eu gostei de os escrever. Para não ser fastidioso irei reproduzir aqui um de cada vez.

A VIDA

A vida é palavra cheia
De encanto e rara beleza;
É fogo que a nós se ateia,
É perfume e natureza

É como àgua da fonte
Que corre pela colina
É como o verde monte
Onde a papoila é rainha

É tudo e não é nada
É fumo que se desvanece,
É tristeza e alegria
É coisa que não se esquece

É também desolação
Lágrimas feitas de dor
É mágoa de coração
D'onde fugiu o amor

Se todos pensassem bem
Que a vida é natureza,
Todos teriam também
Mais liberdade e riqueza

quarta-feira, 13 de julho de 2011

EMOÇÕES

Depois de vos ter tentado trasmitir toda a minha alegria ao saber que vou ter a felicidade de ser avó, gostaria de transmitir-vos o meu sentir sobre as "emoções" que a mãe da "Sementinha", já começou a sentir.


Pois é, para além da emoção que é a descobera de uma gravidez, todo o nosso sistema emocional se altera como se deixassemos de ter a capacidade de controlar as nossas emoções e passassem a ser controladas por aquela sementinha que começa a "germinar" dentro de nós.


Que coisa estranha! Como é que algo tão minúsculo pode de imediato ter tanta influência no nosso sistema hormonal e consequentemente emocional?!


Não tenho formação cientifica para poder discutir este assunto cientificamente, nem pretensões a fazê-lo mas tenho a experiência de mãe e recordo como se fosse hoje, todas as alterações que senti quando da primeira gravidez.


Como eu entendo a mãe da "Sementinha".


Não é fácil construir uma carreira profissonal que se adora e de um momento para o outro, começarmos a pensar que vamos ter de optar, sim optar (não fiquem escandalizados) porque é isso que as mulheres fazem quando decidem procriar. O tempo não é elástico e para haver dedicação ao Ser que de nós irá depender durante os primeiros anos de vida, a carreira profissional terá de desacelerar.


Quando ouvirem uma mulher dizer que consegue perfeitamente conjugar o seu trabalho com o seu papel de mãe, podem ter a certeza que não o faz sózinha. Ou tem alguém a quem paga para a substituir nas sua tarefas de mãe ou tem a seu lado um companheiro que sabe desempenhar impecavelmente o seu papel de pai.


Eu tive a sorte de ter esse companheiro e sendo a progenitora do pai da "Sementinha", estou certa que também ele irá ser o pai presente, pronto a partilhar todos os momentos com a mãe da "Sementinha".


A vida é feita de emoções e não existe nada mais belo que sentir dentro de nós a "Sementinha" a comandar essas emoções.






terça-feira, 5 de julho de 2011

Há sempre uma Primeira Vez . . .

Há sempre uma primeira vez para tudo. Sempre foi assim e por mais que o mundo mude, esta verdade continuará inabalável.


Pela primeira vez abri os olhos quando nasci, pela primeira vez falei, pela primeira vez estudei, etc, etc., fui mãe e pela primeira vez vou ser avó.


Quando tomei conhecimento da feliz notícia, fiquei como que anestesiada, como se a realidade não fosse aquela, como se a realização de um desejo (normal em qualquer mãe), estivesse ali e eu não acreditasse.


Será possível que aquele menino que eu gerei e mimei, aquele menino que eu pensava que ainda era "menino", estivesse na minha frente radiosamente feliz por ir ser pai?!


Naquele instante cruzaram-se dentro de mim várias emoções impossíveis de descrever. Foi um turbilhão de pensamentos e sentimentos, alguns até contraditórios. Foi uma noite com um misto de alegria e inquietação.


Hoje, mais consciente da situação, apetece-me gritar a toda a gente "eu vou ser avó" ou melhor "eu já sou avó", sim a partir do momento em que um ser inicia a sua gestação, os seus laços familiares não se limitam ao pai e mãe, também se estendem a toda a família.


Ainda é só uma "sementinha", mas já é a "sementinha" de nós todos.


A avozinha vai procurar ser uma avó como sempre foi mãe, com muito amor.